Conselhos de Saúde Sexual: Conceitos Errados Sobre Contraceção
Conhece os prós e contras.
Existem tantas opções contracetivas que por vezes não sabemos o que escolher. A contraceção existe por duas boas razões: para prevenir uma gravidez não planeada e para travar a propagação de infeções sexualmente transmissíveis (ISTs). No entanto, quando os factos se tornam demasiado confusos, não é de admirar que as pessoas muitas vezes assumam riscos e pratiquem sexo desprotegido.
É importante para a tua saúde que uses contracetivos quando és sexualmente ativo. Neste artigo, mostramos alguns dos falsos conceitos sobre métodos contracetivos e os prós e contras de cada tipo.
Preservativos Masculinos
Algumas pessoas não usam preservativos porque sentem que não estão seguras, sentem que este pode romper facilmente a qualquer momento. No entanto, os preservativos masculinos têm uma taxa de eficácia de 98% e quando usados corretamente, são um método contracetivo bastante seguro.[1] São também uma das formas de contraceção que protege tanto da gravidez quanto das ISTs. O preservativo masculino é muito acessível e fácil de colocar. No entanto, este método contracetivo está associado a um mito – dizem que o preservativo diminui a sensibilidade durante as relações sexuais. Embora isso possa ter sido um problema há uns anos, o grande desenvolvimento e evolução no fabrico de preservativos fez com que essa preocupação deixasse de existir. Os preservativos Durex Invisible são concebidos para serem extra finos e para maximizar a sensibilidade durante o sexo[2], enquanto permitem um alto nível de segurança e proteção.[3]
Preservativos Femininos
Os preservativos femininos têm uma taxa de eficácia de 95% se usados corretamente e consistentemente. As etapas sobre como usar um preservativo feminino são bastante simples e semelhantes à inserção de um tampão. Coloca-te numa posição confortável, aperta o anel na extremidade do preservativo e insere-o totalmente na vagina, certifica-te de que ele não torce à medida que estás a inseri-lo.[4] Tal como os preservativos masculinos, e ao contrário de alguns outros métodos de contraceção, estes protegem tanto de ISTs como de uma gravidez indesejada.[5]
Diafragmas
Este método contracetivo atua mantendo o óvulo separado do esperma e deve ser inserido na vagina antes da relação sexual, cobrindo o colo do útero. Quando usado com espermicida e usado corretamente, está entre os 92-96% de eficácia contra uma gravidez indesejada.[6] Ao contrário de um preservativo, o diafragma não pode ser retirado logo após a relação sexual, deve ser deixado na vagina por pelo menos seis horas após o sexo.[7] É importante que um médico ou enfermeiro te mostre como usar um diafragma pela primeira vez, para que saibas como colocá-lo corretamente.[8] Como resultado do uso de diafragmas, algumas mulheres estão em risco de desenvolver cistite.[9] Se tal acontecer, deves procurar aconselhamento médico. Ao contrário dos preservativos, os diafragmas oferecem apenas alguma proteção contra as ISTs.[10]
A Pílula
A pílula é um método contracetivo muito utilizado pelas mulheres. A pílula mais comum, que tem o nome de pílula combinada (COC), deve ser tomada todos os dias, ou em 21 dos 28 dias do ciclo menstrual da mulher. Durante a pausa de sete dias, a mulher geralmente terá o seu período, antes de começar a tomar a próxima carteira.[11] Outra pílula muito usada é a pílula de progestagénio (POP) que deve ser tomada todos os dias, sem pausas entre carteiras.[12]
Esta pílula é tomada por cerca de 100 milhões de mulheres em todo o mundo.[13] Quando tomada corretamente, tem uma taxa de eficácia superior a 99% contra uma gravidez indesejada[14] e durante a menstruação, ajuda a diminuir a dor e as hemorragias fortes que muitas mulheres sentem nessa altura.[15] No entanto, existem muitas pílulas contracetivas no mercado, e certos tipos podem não ser os mais indicados para determinadas mulheres. Se optares por tomar a pílula, o teu médico irá fazer-te testes e uma série de perguntas médicas para determinar qual a melhor pílula para ti.[16] A eficácia da pílula depende muito da toma correta e consistente da mesma. É muito importante referir que a pílula não protege contra as ISTs, apenas contra a gravidez, por isso, se estas forem uma preocupação, deves usar preservativo.[17]
A pílula do dia seguinte
Não se deve confundir com a pílula contracetiva padrão. A pílula de contraceção de emergência, ou a pílula do “dia seguinte”, é tomada após a relação sexual caso não tenha sido usado qualquer método contracetivo ou caso o método original tenha falhado. O que este método faz é atrasar ou adiantar a ovulação.[18] As pessoas pensam que por causa do seu nome, a pílula do dia seguinte só pode ser tomada logo após as relações sexuais. No entanto, não é o caso. Determinados tipos devem ser tomados dentro de 72 horas (três dias) após a relação sexual, enquanto outros podem ser tomados até 120 horas (cinco dias) depois do sexo.[19] Apesar disto, quanto mais depressa tomares a pílula de emergência, maior é a probabilidade de ela ser eficaz.[20]
Até 72 horas após as relações sexuais desprotegidas, a pílula pode reduzir o risco de gravidez em 89% e é cerca de 95% eficaz se tomado nas primeiras 24 horas.[21] Embora seja considerada um método muito seguro, a pílula de emergência pode ter alguns efeitos secundários a curto prazo, tais como dor abdominal, dor de cabeça e cansaço.[22] Outra desvantagem é que a pílula do dia seguinte pode desregular o teu ciclo menstrual.[23] A pílula de emergência não oferece proteção contra ISTs.[24]
Injeção ou implante contracetivo
Ambos os métodos de contraceção envolvem uma ingestão de progestagénio e são eficazes em mais de 99% se usados corretamente.[25] A principal diferença é que uma injeção vai durar cerca de oito a 13 semanas, enquanto o implante funciona por cerca de três anos (embora possa ser retirado mais cedo se necessário através de um procedimento)[26]. No entanto, um implante ou injeção não serão eficazes se a mulher já estiver grávida[27]e os procedimentos devem ser sempre realizados por um médico. Além disso, os ciclos menstruais podem ser interrompidos e podem causar alguma dor, por isso estes métodos de contraceção podem não ser os indicados para algumas mulheres.[28]
Sistema intrauterino (SIU) ou Dispositivo intrauterino (DIU)
Estes são métodos contracetivos a longo prazo. O SIU dura cerca de 3-5 anos, e o DIU dura cerca de 5-10 anos.[29] Ambos envolvem a inserção de um dispositivo de plástico no útero para travar a ovulação, e têm uma taxa de 99% de eficácia.[30] Mas tenha em atenção que eles podem não ser adequados para algumas mulheres, por exemplo, se tiveres uma ISTs por tratar.[31] Além disso, algumas mulheres podem não ver com bons olhos a ideia de terem de passar por um procedimento médico. Embora possa ser doloroso no início, esta dor é geralmente de curta duração, e não te preocupes que, apesar dos mitos, é muito pouco provável que os dispositivos venham a cair (a probabilidade é de menos de 5% para DIUs) de acordo com Amy Bryant, um professor assistente de obstetrícia e ginecologia. Tal como acontece com alguns outros métodos contracetivos, eles podem alterar o teu ciclo menstrual e a intensidade dos períodos, e deve sempre ser colocado por um profissional médico.[32]
Esterilização masculina e feminina
A esterilização é um método de contraceção permanente para homens e mulheres, com uma taxa de falhanço de 1 para 2.000 nos homens e 1 para 200 ou 1 para 500 nas mulheres (dependendo do método)[33]. A esterilização masculina (também conhecida como vasectomia) é um procedimento rápido e simples, geralmente feito com anestesia local, enquanto que a esterilização feminina requer anestesia geral. A decisão de realizar estes procedimentos não deve ser tomada de ânimo leve, porque eles podem permanentemente impedir que tenha filhos no futuro. Muitas pessoas não sabem, mas estes métodos podem ser revertidos, embora os procedimentos de reversão nem sempre sejam bem-sucedidos e podem ser muito caros.[34]
Como podes ver, existem muitos métodos contracetivos diferentes. É importante considerar cuidadosamente qual o método certo para ti antes de começares a ter relações sexuais. Mas independentemente do método que escolheres, não te esqueça de colocar os mitos de parte antes de tomares a tua decisão.
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[1] http://www.nhs.uk/conditions/contraception-guide/pages/male-condoms.aspx
[2] http://www.durex.pt/produtos/preservativos/sensitivos/durex-invisible-extra-sensitivo/
[3] http://www.durex.pt/produtos/preservativos/sensitivos/durex-invisible-extra-sensitivo/
[4] http://www.avert.org/sex-stis/safer-sex-hiv/female-condoms
[5] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/male-condoms.aspx
[6] http://www.fpa.org.uk/sites/default/files/your-contraceptive-choices-chart.pdf
[7] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/contraceptive-diaphragm.aspx
[8] http://www.nhs.uk/conditions/contraception-guide/pages/contraceptive-diaphragm.aspx
[9] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/contraceptive-diaphragm.aspx
[10] http://www.sexualhealthsurrey.co.uk/condition/condition_diaphragms_and_caps/
[11] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/combined-contraceptive-pill.aspx
[12] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/the-pill-progestogen-only.aspx
[13] https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23384741
[14] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/combined-contraceptive-pill.aspx
[15] http://www.fpa.org.uk/sites/default/files/your-contraceptive-choices-chart.pdf
[16] http://www.netdoctor.co.uk/conditions/sexual-health/a2256/the-contraceptive-pill/
[17] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/combined-contraceptive-pill.aspx
[18] http://www.nhs.uk/conditions/contraception-guide/pages/emergency-contraception.aspx
[19] http://who.int/mediacentre/factsheets/fs244/en/
[20] http://www.healthline.com/health/emergency-contraception/possible-side-effects#2
[21] http://www.webmd.com/sex/birth-control/plan-b#1
[22] http://www.nhs.uk/conditions/contraception-guide/pages/emergency-contraception.aspx
[23] http://www.nhs.uk/conditions/contraception-guide/pages/emergency-contraception.aspx
[24] http://www.nhs.uk/conditions/contraception-guide/pages/emergency-contraception.aspx
[25] http://www.nhs.uk/conditions/contraception-guide/pages/contraceptive-injection.aspx
[26] http://www.fpa.org.uk/sites/default/files/your-contraceptive-choices-chart.pdf
[27] http://www.ippf.org/blogs/myths-and-fact-about-implants
[28] http://www.fpa.org.uk/contraception-help/contraceptive-implant
[29] http://www.fpa.org.uk/sites/default/files/your-contraceptive-choices-chart.pdf
[30] http://www.fpa.org.uk/sites/default/files/your-contraceptive-choices-chart.pdf
[31] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/ius-intrauterine-system.aspx
[32] http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/ius-intrauterine-system.aspx
[33] http://www.fpa.org.uk/sites/default/files/your-contraceptive-choices-chart.pdf
[34] http://www.fpa.org.uk/contraception-help/sterilisation-male-and-female